04/06/2011 13:15

Só no Brasil...Antonio Palocci vai à TV e nega tráfico de influência

 

 

Fonte: Tribuna do norte.com.br

 

O ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, admitiu ontem em entrevista ao Jornal Nacional, da TV Globo, que teve um grande faturamento nos últimos meses de 2010, quando já montava a equipe da presidenta eleita - algo em torno de R$ 10 milhões. Não citou o nome de clientes e disse que trabalhou com o setor financeiro, bancos e fundos de investimento.

Insistiu em dizer que não ocultou dados: "Todo faturamento da empresa foi registrado nos órgãos de controle tributário, tanto na Prefeitura de São Paulo quanto na Receita Federal. Todo o serviço foi feito com notas fiscais regulares e notas fiscais recolhidas. Ela foi registrada em meu nome e do meu sócio." Afirmou, no entanto, que os números da empresa ele deixaria reservados.
Perguntado se antes de 2010 os ganhos de sua empresa tinham sido de 30%, 10%, em relação, Palocci respondeu: "Por aí". Ele afirmou ainda que os lucros de sua empresa correspondem aos de outras de consultorias que atuam no mercado. Palocci deu a impressão de estar muito nervoso.A crise envolvendo Palocci começou no dia 15 de maio quando o jornal "Folha de S.Paulo" revelou que o patrimônio do ministro havia aumentado cerca de 20 vezes em quatro anos. No dia 16 de novembro do ano passado, o ministro comprou um apartamento de R$ 6,6 milhões em São Paulo por meio de sua empresa Projeto Consultoria Econômica e Financeira, aberta em 2006. Um ano antes, o ministro adquiriu outro imóvel, de R$ 882 mil, onde funciona o escritório da Projeto.

Questionado sobre o patrimônio milionário, Palocci alegou que o dinheiro era oriundo de consultorias realizadas entre no período em que foi deputado federal, entre 2007 e 2010. A empresa teria faturado pelo menos R$ 20 milhões em 2010, sendo metade entre novembro e dezembro, após a eleição da presidenta Dilma Rousseff (PT), de cuja campanha eleitoral Palocci foi o principal coordenador. No final de dezembro, ele alterou a razão e o objeto social da empresa para atuar apenas na administração dos imóveis comprados.

Palocci afirmou que "jamais usou sua empresa de consultoria para intermediar trabalhos junto a órgãos públicos. "Quando a empresa privada tinha negócio no setor público, eu nunca participei. Em nenhum momento eu participava. Se a empresa tinha uma necessidade junto a um órgão público, tinha um outro departamento para isso", disse ele.

—————

Voltar


Contato

Nildinha freitas

@nildinhafreitas no twitter